quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sentindo o sol em câncer...

Lua quase transbordando e eu começo a escrever sobre câncer, signo regido por Ela. Signo Yin. E a palavra que me vem à cabeça é: Fluxo.

Uma imagem que ilustra bem a água de câncer é o rio, o rio que flui. E eu só tomei consciência disso há alguns dias atrás, quando percebi, no corpo, no desgaste dele, no seu cansaço, a minha tendência a estar o tempo todo contra o fluxo, nadando contra a corrente. Foi aí que veio o insight: O sol está em câncer e tudo o que eu tenho que fazer agora é relaxar e me render ao que esse momento pede: introspecção, casa, recolhimento,comidinhas gostosas feitas com carinho, olhar pra dentro, entrega ao ritmo do universo, entrega aos sentimentos.

Assim eu fiz (é essa a astrologia aplicada sobre a qual falei anteriormente) e o ensinamento que ficará, mesmo quando o sol começar a passear pelo zodíaco e sair de câncer (afinal o conhecimento consciente e sentido se instala em nós), é esse: RENDA-SE!

Renda-se aos sentimentos e às emoções que estão borbulhando dentro de você, renda-se ao cansaço do seu corpo (é inverno!), renda-se à sua confusão e espere ela passar. Passividade não é uma coisa negativa - essa é a energia do momento.

Mas atenção! A passividade de câncer gesta nossas ações futuras (câncer está ligado à maternidade, não por acaso: Ninguém pari algo ou alguém do nada! É preciso esperar que as coisas tomem forma dentro de nós). Câncer é a espera silenciosa, o devagar e sempre.

Eu só reparei nisso tudo agora! E tenho certeza que só compreendi dessa forma porque estou mais sensível, justamente porque o sol está brilhando carinhosa e acolhedoramente nesse signo...

É claro que cada signo possui muitas dimensões. Muitas características cancerianas não foram mencionadas aqui nesse texto porque não foram elas que eu vivenciei. Mas deixo algumas outras palavras-chave/expressões do signo para que quem me leia possa identificá-las na sua própria experiência: nutrição, ressentimento [ou sentimento em dobro -rs], mágoa, doação, necessidade de segurança, flutuação de humor, cuidado, timidez, intuição, persistência [ou água mole em pedra dura], defesa, carapaça, passado, saudade, nostalgia, memória.)

O que você está sentindo?

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Astrologia Empírica e Aplicada

Já há algum tempo me coloquei no mundo como uma aprendiz - seja por meio das relações que estabeleço, dos livros que leio, dos meus erros e acertos, da observação das pessoas, da natureza e do tempo... E no meio disso tudo, percebi que havia um lindo professor sem limites chamado Céu que também tinha muito a me ensinar.

Foi a partir daí que eu me tornei mais consciente desses ensinamentos tão disponíveis que chegam o tempo todo, mas que só podem ser apre(e)ndidos de fato (para além da teoria) por meio da sensibilidade e da vivência e se estivermos abertos e atentos para recebê-los (e essa é a novidade - não é só teoria, é constatação, é sentimento, é sensação!).

A cada dia, mês, períodos do ano, sinto e constato as influencia do Céu (das estrelas, dos planetas, da lua, da Terra e outros corpos celestes) nas minhas emoções, no meu modo de lidar com o outro, na minha tendência a estar mais introvertida ou extrovertida, no meu corpo, na maneira como me expresso, entre outras coisas, e, por esse motivo, tenho tentado cada vez mais tirar algum proveito disso, no sentido de ir incorporando em mim os ensinamentos do zodíaco.

A idéia desse blog de Astrologia Empírica é justamente refletir sobre como observo e sinto no dia-a-dia, na prática, na minha vida e na dos outros, as influências astrais. Ou seja, Astrologia Empírica (que é um termo que eu uso, mas nem sei se outros astrólogos usam e confesso que nunca cheguei a pesquisar sobre o assunto para não perder a minha ilusão de originalidade, rs) tem a ver com vivência - a minha e a dos outros.

Sendo assim, não pretendo aqui fazer muitas citações ou referências bibliográficas, pois tenho percebido cada vez mais que minha biblioteca preferida é o Mundo, e é ele que eu leio com mais fluência e avidez, é dele que eu pretendo extrair meus ensinamentos, assim como as minhas citações preferidas são os ditos populares, os provérbios e sabedorias extraídos do universo por aqueles que já viveram aqui muito antes de nós, num tempo em que as pessoas não precisavam do termo “cientificamente comprovado” para acreditar em conhecimentos valiosos e significativos.

Já a Astrologia Aplicada (no meu entendimento – e confesso também não ter pesquisado a existência ou não desse termo) seria um desdobramento das minhas observações e constatações: a parte de pegar esses ensinamentos de céu e colocá-los em prática nessa existência, pois de nada serve termos insights, conhecimento, bibliotecas, se isso não muda a nossa atitude em relação à vida. Astrologia pra mim tem que se aplicar à vida, tem que mudar quem a gente é, tem que ajudar a gente a se tornar seres humanos melhores.

E é justamente essa a contribuição que eu espero que esse blog traga a quem o leia: que deixe evidente que somos parte de um todo, de um universo, que somos influenciados uns pelos outros, que cada corpo celeste que se move no Céu, nos influencia aqui na Terra e que a maneira como reagimos a essas influência na Terra também se manifesta no Céu. Não há separação.